Desde a desfeita (ainda maior) da Galeguidade, promovida pelo governo "galego" saído das últimas eleições "democráticas" na CAG, surgiram diferentes manifestos e alguma promessa de atuação... forte, decidida.
A última recebe o nome de PL ("ProLingua"), que patrocinam e assinam pró-homens e pró-mulheres do isolacionismo, a que aderem pessoas presumivelmente não adscritas reduzidamente a essa ideologia glotopolítica.
Parece que os promotores do PL pretendem ultrapassar os recantos da sua ideologia e dizem procurar o cumprimento da legalidade espaÑola sobre o "galego", assim como o "Plan de Normalización" unanimemente acordado pelos três grupos parlamentares no último governo do PP, que presidia Fraga.
A realidade é que o atual PP, através da sua sucursal "galega", desautorizou tanto o "Plan", quanto a própria legalidade, quer a Lei em que se baseia o decreto último sobre o ensino, da "Consellería de Educación" regida pela sucursal do PSOE no governo bipardido, quer, sobretudo, o próprio decreto.
As desautorizações levadas adiante ou prometidas pelo governo da sucursal do PP na GAG não se reduzem a esse só campo. Devem portanto entender-se todas elas solidárias e evidenciadoras das atuações políticas desse partido, o PP, supressoras da condição nacional da Galiza e do seu idioma e cultura e costumes próprios.
Quer dizer, o governo da sucursal do PP na CAG está a fazer com que a Galiza deixe definitivamente de ser Galiza, passe a ser simplesmente "Galicia, región espaÑola del reino bourbónico", cuja língua seja a castelhana, nacional do reino, com alguns traços engraçados e sobretudo cujos bens e riquezas sejam postos a disposição dos "seÑoritos" (empresários, políticos aproveitados, ...) que comandam neste reino que "dignamente" coroa o rei Juan Carlos I, quem, como o todo o mundo sabe e todos querem esquecer, foi imposto pelo ditador Franco.
Bom, feita esta introdução, cinjo-me apenas ao linguístico e cultural e pergunto:
Cabe a colaboração entre isolacionismo (respeitoso demais com a legalidade espaÑola) e reintegracionismo?
Podem colaborar os isolacionistas, que encerram o "galego", o seu "galego", na CAG desenhada pelo reino, e os reintegracionistas, que procuramos, como Castelão e com ele, fazer o Galego uma língua extensa e útil, em que a Lusofonia e os lusófonos se achem implicados?
Pode igualmente assinar o manifesto em prol da Hegemonia Social do Galego (= português galego) e contribuir ao encerramento do "galego" nas fronteiras da CAG, nas quatro províncias fixadas por D. Javier de Burgos em 1833?
Pergunto curioso. Obrigado pelas respostas razoadas.