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«Sostenella y non enmendalla»

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«Sostenella y non enmendalla»

Caraterística da "castellanía", segundo é entendida pelo nacionalismo espaÑol que sustêm e intensificam e mesmo acirram os partidos, o bi-partido "nacional" (ou será "naZional"?), hidra de duas cabeças, pEpE-pEsoE, é a expressa na frase do título: «SOSTENELLA Y NON ENMENDALLA».

Decisão (mais do que acordo) tomado pelo nacionalismo espaÑol, é decisão que, como diz o dito, «va a misa», quer dizer, sagrada, consagrada, «sin vuelta atrás».

Essa caraterística (apesar da propaganda em contrário, ou justamente por ela) foi corrigida durante o tripartido do Laxe e o bipartido do Touriño mercê das forças nacionalistas galegas em coaligação com o PSOE (cá apenas PSOE; o do PSdeGa apenas é mascarinha sem consequências), que, como presumível partido de esquerdas, procura parecer ou aparentar razoável, promotor de consensos... e etc., etc.

A radicalidade da caraterística identitária do nacionalismo espaÑol («SOSTENELLA Y NON ENMENDALLA») mostra-se crua e nua onde quer que o pEpE consegue a maioria ou onde controla, como agora em Euskádi, o governo autonómico e outras instituições.

Estamos a padecê-la, por quatro anos (?), nesta Terra que eu, em poemário procuradamente confiado, denominei "do esquecimento", mas também da esperança, das esperanças. «Tecer e destecer», como aos não galegos se lhes apresenta a condição dos galegos, tem essa dupla consequência: Onde antes a gente teceu, pode, a seguir, destecer... Para surpresa dos governantes adictos ao nacionalismo espaÑol e, mesmo, para os espanhóis todos, salvo os próprios galegos.

A Galeguidade é, nesse respeito, contraditória de "castellanía" (ou de nacionalismo espaÑol): Esta sustém o decidido, embora suspeite (nunca o reconhecerá) que foi decisão errada e mesmo miserável; a Galeguidade é capaz de apandar, como mal menor, as decisões alheias, mas sempre andará com a suspeita de serem gravosas e tristes e mesmo miseráveis, de modo que, enquanto se lhe oferecer a ocasião propícia, as gentes galegas arrancarão para empresas donas de si, identificantes e não alienantes, não despossuidoras da condição própria, caraterística versátil do Galego e da Galiza.

Sou plenamente cônscio do que digo, porque, apesar de mais de quarenta anos de convivência galega, devo reconhecer que não compreendo os Galegos, se apenas pretendo fazê-lo desde a minha "castellanía" de nação; sim os entendo, se saio dela, se a deixo de parte e me submerjo nas dúvidas do "sobe, quando baixa, ou baixa, quando sobe", que os alheios atribuem aos galegos.

Por isso tenho esperança nos Galegos. Sei que a Galiza acabará por ser Terra libertada, que anelava o poeta Uxío Novoneyra.

Enviada por AGIL AGIL o 02/08/2009 13:26

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