Vieiros

"Se este partido entender que devo ser o bode expiatório para salvar a nação estou disposto a isso. Tem de ser este partido e não meia dúzia de pessoas nas ruas ou forças externas", explicou à emissora portuguesa o chefe do Governo timorense.

Mari Alkatiri considera que tem condições para continuar a governar, sublinhando que tem legitimidade para o fazer, embora reconheça que tem menos apoio popular.

O primeiro-ministro timorense negou ainda a existência de quaisquer divergências entre o Executivo, o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o Parlamento de Timor-Leste, recordando que o pedido de ajuda internacional foi assinado por todos estes órgãos de soberania.

Porém, ontem, numa comunicação ao país, o chefe de Estado tiomorense anunciou que assumia temporariamente a responsabilidade pelas áreas da defesa e segurança e revelou que aconselhou Alkatiri a demitir os ministros da Defesa, Roque Rodrigues, e do Interior, Rogério Lobato.

Quanto à chegada da Guarda Nacional Republicana (GNR) ao território, o chefe do Governo timorense entende que será capaz de "ajudar a estabilizar a situação" no país. "Contamos sempre com o tipo de ajuda de Portugal, institucional e técnica", acrescentou.

Os 120 elementos do contingente da GNR destacados para Timor-Leste seguem para o país esta quinta-feira. Em território timorense encontra-se já, desde domingo, uma equipa de avaliação composta por três oficiais.

Os portugueses destacados têm como missão ajudar à manutenção da ordem pública e dar formação às forças de segurança de Timor-Leste.